O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, apresentou nesta quarta-feira (28) a campanha institucional #AdotarÉAmor 2025, com foco na adoção de crianças com mais idade, grupos de irmãos e pessoas com deficiência.
Perfis prioritários e desafios da adoção no Brasil
Dados do CNJ revelam um cenário preocupante: aproximadamente 5.200 crianças aguardam adoção em instituições de acolhimento no Brasil, sendo mais de 3 mil com idade superior a 10 anos. "O Dia Nacional da Adoção é uma oportunidade para refletirmos sobre a necessidade de ampliar nosso entendimento sobre o que é ser família", destacou Barroso durante a apresentação.
Sistema Nacional de Adoção: tecnologia a serviço das famílias
O ministro ressaltou a importância do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), plataforma administrada pelo CNJ que conecta pretendentes e crianças disponíveis para adoção em todo o país. Criado em 2019, na gestão do ministro Dias Toffoli, o sistema tornou o processo "mais confiável, ágil e seguro". Barroso comparou a plataforma a um "Tinder da adoção", que permite cruzar informações em tempo real.
Histórias reais que inspiram
A campanha apresenta três vídeos produzidos pela TV Justiça com depoimentos de famílias que transformaram suas vidas através da adoção. Um momento emocionante foi a homenagem à Tayci, mãe de Samuel (criança com paralisia cerebral, autismo e deficiência intelectual), falecida dias antes do lançamento. "Taicy será sempre um símbolo de amor incondicional", afirmou Barroso.
Os outros vídeos trazem as histórias das irmãs Ranara e Raira, adotadas aos seis e quatro anos, e da servidora pública Carla, que adotou os adolescentes Marcos e Lucas (14 e 15 anos) e, posteriormente, Ana Vitória (12 anos).
A iniciativa foi idealizada pela conselheira Renata Gil, do CNJ, com apoio gratuito da agência Calia e será amplamente divulgada por emissoras de TV aberta, também sem custos.
Para conhecer mais sobre o processo de adoção e o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, acesse o portal do CNJ.