SUS pode oferecer diagnóstico precoce e tratamento contínuo para pacientes com hiperplasia adrenal congênita

15/05/2025 16:00 Central do Direito
SUS pode oferecer diagnóstico precoce e tratamento contínuo para pacientes com hiperplasia adrenal congênita

Um novo Projeto de Lei (PL 4503/24) em análise na Câmara dos Deputados pretende assegurar direitos fundamentais a pacientes com hiperplasia adrenal congênita (HAC) no Sistema Único de Saúde. A proposta, de autoria do deputado Clodoaldo Magalhães (PV-PE), visa garantir diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento contínuo para pessoas que vivem com esta condição genética.

O que é a hiperplasia adrenal congênita?

A HAC é um distúrbio genético que compromete o funcionamento das glândulas suprarrenais, afetando a produção de hormônios essenciais como cortisol, aldosterona e andrógenos. Entre os sintomas estão alterações na genitália, baixa estatura e surgimento precoce de pelos. O diagnóstico deve ser realizado pelo teste do pezinho, com tratamento iniciado o mais cedo possível.

Direitos e garantias previstos no projeto

De acordo com o texto, o SUS deverá desenvolver protocolos clínicos específicos para HAC, ampliar a triagem neonatal para diagnóstico precoce, garantir acesso a medicamentos e tratamentos, capacitar profissionais de saúde e promover campanhas de conscientização.

O projeto também assegura atendimento por equipe multidisciplinar, incluindo endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, ginecologistas, urologistas e assistentes sociais. Além disso, estabelece o respeito à identidade de gênero dos pacientes e proíbe cirurgias genitais não urgentes em recém-nascidos e crianças, garantindo seu envolvimento nas decisões em idade adequada.

Tramitação do projeto

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o texto precisará ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado.

Segundo o deputado Clodoaldo Magalhães, autor do projeto, o objetivo é garantir a saúde integral e promover a dignidade das pessoas afetadas por esta condição que interfere diretamente no desenvolvimento físico e mental dos pacientes.