A Justiça do Trabalho registrou um aumento alarmante de 35% nos casos de assédio sexual entre 2023 e 2024, saltando de 6.367 para 8.612 processos. Nos últimos cinco anos, foram registrados 33.050 novos casos envolvendo pedidos de indenização por dano moral decorrente de assédio sexual no ambiente laboral.
Mulheres são as principais vítimas
De acordo com o Monitor de Trabalho Decente da Justiça do Trabalho, ferramenta que utiliza inteligência artificial para análise de processos, 70% das ações são movidas por mulheres, evidenciando uma clara questão de violência de gênero no mercado de trabalho.
O ministro Aloysio Corrêa da Veiga, presidente do TST, destaca que o aumento das denúncias reflete a luta feminina contra essa forma de violência. 'Denunciar é um passo essencial para transformar essa realidade', afirma o ministro.
Como identificar e combater o assédio sexual
O assédio sexual no trabalho pode se manifestar de diversas formas, incluindo insinuações, gestos inadequados, contatos físicos não consentidos e mensagens de cunho sexual. Pode ocorrer tanto por chantagem quanto por intimidação, criando um ambiente hostil para a vítima.
O TST disponibilizou um Guia Prático com orientações sobre como prevenir e enfrentar casos de assédio no ambiente de trabalho, incentivando vítimas e testemunhas a denunciarem e buscarem apoio institucional.