O superendividamento entre a população idosa tornou-se uma preocupação crescente entre deputados e especialistas, revelando um cenário alarmante que afeta não apenas os indivíduos endividados, mas toda a sociedade brasileira.
Comprometimento Excessivo da Renda
Durante audiência realizada na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, a defensora pública Taísa Assunção de Faria apresentou dados preocupantes sobre a situação financeira dos idosos brasileiros. Segundo ela, muitos idosos que recebem apenas um salário mínimo comprometem até 45% de sua renda mensal com o pagamento de dívidas, colocando em risco sua própria sobrevivência.
Cultura do Consumo e Endividamento
A defensora destacou que a gravidade do problema muitas vezes passa despercebida pela sociedade, que está inserida em uma cultura de consumo desenfreado e normalização do endividamento. Esta realidade expõe os idosos a práticas irresponsáveis na oferta de crédito, tornando-os vulneráveis a situações financeiras insustentáveis.
Propostas de Proteção
O deputado Luiz Couto (PT-PB), responsável pela solicitação do debate, defendeu a implementação de medidas mais rigorosas para proteger os direitos dos idosos. Entre as propostas estão a promoção de maior transparência e clareza nas ofertas de crédito, visando evitar o endividamento insustentável desta população vulnerável.
O parlamentar ressaltou que muitos idosos são expostos a empréstimos que não oferecem condições reais de pagamento, evidenciando a necessidade urgente de regulamentação mais efetiva do setor creditício voltado para este público.