O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu uma nova fase de capacitação para servidores no uso do STJ Logos, sua ferramenta proprietária de inteligência artificial generativa. O treinamento, organizado pelo Centro de Formação e Gestão Judiciária (Cefor), foi estruturado em duas etapas e alcançou 99 servidores das três seções especializadas do tribunal.
Capacitação personalizada por área de especialização
A estratégia de dividir o treinamento por seções especializadas permitiu abordar necessidades específicas de cada área. Em 24 de abril, participaram servidores da Segunda Seção (direito privado) e da Terceira Seção (direito penal), enquanto em 28 de abril foi a vez dos servidores da Primeira Seção (direito público).
Segundo Giovana Carneiro Ventura, assessora-chefe da Assessoria de Cooperação Técnica e Eventos Especiais, esta abordagem facilitou a análise de comandos específicos e desafios particulares de cada colegiado. "É de extrema importância que essas capacitações também abram espaço para o diálogo e a troca de experiências entre os servidores", destacou.
Funcionalidades e limites da tecnologia
O STJ Logos foi desenvolvido para aumentar a eficiência na análise processual e elaboração de minutas de decisões. A ferramenta utiliza tecnologia avançada para processar informações, identificar padrões e fornecer respostas adaptadas às necessidades dos magistrados. Durante o treinamento, os servidores puderam explorar o painel de controle da plataforma, que permite personalizar comandos conforme as necessidades específicas de cada gabinete.
Apesar da sofisticação tecnológica, o STJ Logos funciona apenas como ferramenta de apoio, sem comprometer a autonomia decisória dos magistrados. A responsabilidade final pelas decisões permanece integralmente com os ministros, reforçando que a IA serve como auxiliar no processo judicial, não como substituta do trabalho humano.