O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade nesta quinta-feira (22) à fase de instrução da Ação Penal AP 2668, que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Sob a condução do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foram ouvidas sete testemunhas indicadas pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Depoimentos por videoconferência
As oitivas ocorreram por videoconferência entre 8h e 9h20, com os depoimentos de João Batista Bezerra, Edson Diehl Ripoli, Júlio Cesar de Arruda (também arrolado pela defesa de Bolsonaro), Fernando Linhares Dreus, Raphael Maciel Monteiro, Luís Marcos dos Reis e Adriano Alves Teperino. A testemunha Flávio Alvarenga Filho foi dispensada do depoimento.
O "Núcleo Crucial" da articulação golpista
Mauro Cid integra o chamado "Núcleo 1" ou "Núcleo Crucial" da suposta articulação golpista, junto com outras figuras de alto escalão do governo anterior, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-comandantes militares e ex-ministros. Os acusados respondem por cinco crimes graves: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Cronograma de audiências
O processo de instrução da AP 2668 seguirá com audiências agendadas até o dia 2 de junho. Este caso representa um dos mais significativos julgamentos relacionados aos eventos que sucederam as eleições presidenciais de 2022, quando houve contestação do resultado eleitoral.
Para mais informações sobre o andamento do processo, consulte as matérias anteriores: STF ouve primeiro grupo de testemunhas e STF ouve ex-comandante da Aeronáutica.