A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro dominou os discursos desta terça-feira (25) no Plenário da Câmara dos Deputados, dividindo opiniões entre governistas e oposição sobre a decisão judicial.
STF declara trânsito em julgado
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que o processo do ex-presidente por golpe de Estado transitou em julgado, impossibilitando novos recursos. Com isso, Bolsonaro iniciou o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado na sede da Polícia Federal em Brasília.
O ex-presidente já estava em prisão preventiva desde sábado (22) por ter violado a tornozeleira eletrônica durante prisão domiciliar e pelo risco de fuga identificado pelo STF.
Governistas defendem atuação da Justiça
O deputado Helder Salomão (PT-ES) destacou que "quem atentou contra o Estado Democrático de Direito começa a pagar por seus crimes". João Daniel (PT-SE) parabenizou o Judiciário pela "atuação séria e coerente".
Chico Alencar (Psol-RJ) ressaltou o caráter histórico do dia, mencionando a prisão dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que o Brasil conclui "uma etapa importante da construção democrática".
Oposição critica 'ditadura da toga'
Marcel van Hattem (Novo-RS) classificou a situação como "golpe" consumado pelo STF, defendendo a aprovação do Projeto de Lei 2162/23 que anistia participantes dos atos de 8 de janeiro.
Capitão Alberto Neto (PL-AM) denunciou uma "ditadura da toga", enquanto Cabo Gilberto Silva (PL-PB) classificou Bolsonaro como "mais um preso político". Pr. Marco Feliciano (PL-SP) questionou a rapidez do processo no STF.