O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu que o governo federal assuma a liderança na implementação de uma agenda de mudanças fiscais para melhorar o ambiente econômico brasileiro. Durante sua participação no 3º Simpósio Liberdade Econômica, Motta enfatizou que o Brasil poderia estar mais atrativo para investimentos se cumprisse o "dever de casa" na área econômica.
Debate sobre gastos públicos
"Acho que essa discussão sobre o IOF trouxe o governo para a mesa naquilo que o governo não queria discutir, que era o que falávamos desde que tomamos posse: sobre corte de gastos, sobre reforma administrativa. É uma agenda de país, não temos mais opção, porque está insuportável para o País", afirmou o presidente da Câmara.
Segundo Motta, todos os setores da sociedade serão beneficiados com a redução dos juros, controle do dólar e outros indicadores econômicos positivos. O parlamentar destacou que estas melhorias só serão possíveis com ajustes nas contas públicas.
Equilíbrio entre responsabilidade fiscal e justiça social
O presidente da Câmara defendeu um equilíbrio entre políticas sociais e responsabilidade fiscal: "Queremos que o Brasil continue a fazer política social, continue a fazer investimento e cuide de quem mais precise, mas isso só se tiver responsabilidade fiscal. Não há justiça social sem responsabilidade fiscal".
As declarações de Motta reforçam o posicionamento da Câmara dos Deputados em favor da reforma administrativa, tema que tem gerado debates intensos entre o Legislativo e o Executivo sobre os rumos da política econômica brasileira.