O Brasil enfrenta um grave problema no tratamento do câncer de cabeça e pescoço, com mais de 60% dos pacientes aguardando em média 60 dias para iniciar o tratamento, ultrapassando o prazo estabelecido por lei. Este foi um dos principais pontos discutidos durante seminário realizado pela Subcomissão Especial de Prevenção e Controle do Câncer da Câmara dos Deputados.
Diagnóstico tardio compromete chances de cura
De acordo com dados apresentados no evento, o país registra aproximadamente 41 mil novos casos desse tipo de câncer anualmente, com 70% sendo diagnosticados em estágio avançado, o que reduz significativamente as chances de cura e eleva os custos do tratamento. A doença é caracterizada como agressiva e silenciosa, dificultando sua detecção precoce.
Parlamentares cobram melhorias no SUS
A deputada Silvia Cristina (PP-RO), uma das solicitantes do seminário, cobrou soluções efetivas para três problemas principais: a melhoria do diagnóstico precoce, a ampliação do acesso ao tratamento e o aprimoramento da estrutura da rede oncológica do Sistema Único de Saúde (SUS).
O seminário reuniu especialistas e representantes da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço, que apresentaram dados alarmantes sobre o tempo de espera para tratamento, evidenciando o descumprimento da legislação que garante início do tratamento oncológico em prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico.