A Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj) realizou nesta segunda-feira (7) um seminário especial em homenagem ao ministro Luiz Fux pelos 10 anos do novo Código de Processo Civil, também conhecido como 'Código Fux'. O evento celebrou a década de vigência da norma processual e reconheceu o papel fundamental do ministro do Supremo Tribunal Federal na presidência da comissão de juristas que elaborou o anteprojeto da legislação.
Desafios na elaboração do novo CPC
Durante o evento, o ministro Fux relembrou os obstáculos enfrentados para convencer parlamentares a manterem dispositivos essenciais do novo código. Em seu discurso, destacou que magistrados não devem temer nada nem ninguém, mas precisam reconhecer sua falibilidade, pois exercem 'uma obra humana, que autentica a nossa humanidade'.
Retorno às origens
Visivelmente emocionado, Fux agradeceu a homenagem, especialmente por ocorrer no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, instituição que considera sua casa. 'Foi aqui que eu aprendi a forjar meus valores éticos e morais. Foi aqui que aprendi que justiça não é algo que se aprende, é algo que se sente', afirmou o ministro, acrescentando que o novo CPC foi elaborado 'por amor ao país, ao bem e à verdade' e democratizado 'por amor à liberdade'.
Reconhecimento dos pares
O desembargador Ricardo Couto, presidente do TJ-RJ e ex-aluno de Fux, enfatizou a postura vanguardista do homenageado, destacando seu pioneirismo no estímulo ao acordo e à mediação. O evento contou com a participação de importantes figuras do judiciário fluminense, incluindo os desembargadores Alexandre Câmara, Humberto Dalla e Natacha Tostes, o desembargador federal Aluisio Mendes, os juízes Antonio Aurélio Abi Ramia e Eunice Haddad, além dos filhos do ministro, a desembargadora Marianna Fux e o advogado Rodrigo Fux.
(Virgínia Pardal//CF)