Diversos deputados federais manifestaram-se no Plenário da Câmara nesta terça-feira (22) para lamentar o falecimento do Papa Francisco e destacar seu legado em defesa dos vulneráveis, do meio ambiente e da democracia.
Um pontificado marcado pela defesa dos mais pobres
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), solicitou uma sessão solene em homenagem ao pontífice, destacando-o como "defensor da paz, do meio ambiente, dos mais pobres e, principalmente, da democracia". Guimarães enfatizou o papel de Francisco como protetor dos injustiçados e defensor do Estado Democrático de Direito.
Na mesma linha, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) ressaltou a sensibilidade humana e cristã do Papa, mencionando suas principais encíclicas: "'Laudato Si' – sobre o cuidado da Casa Comum, e 'Fratelli Tutti', sobre a amizade social". O Psol apresentou uma moção de pesar pelo falecimento.
Diálogo e acolhimento como marcas do pontificado
O deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) lembrou uma das frases mais emblemáticas de Francisco: "A política é a forma mais caridosa de estar próximo ao ser humano". Já Icaro de Valmir (PL-SE) destacou que o Papa "ensinou a olhar para os pobres, a cuidar da casa comum, a dialogar com os diferentes e a nunca perder a ternura".
Para Helder Salomão (PT-ES), Francisco demonstrou "com atos concretos e palavras firmes este amor, acolhimento e solidariedade com os pobres e refugiados", além de estabelecer relações com diferentes religiões e líderes políticos. "A sua passagem deixa uma lacuna num momento em que as pessoas não se ouvem", lamentou.
O legado ambiental e social
O deputado Padre João (PT-MG) enfatizou como a atuação do Papa Francisco reforçou que "as crises sociais não são isoladas da crise ambiental", destacando o compromisso com o meio ambiente e a redução das desigualdades.
O Papa Francisco faleceu na segunda-feira (21) em decorrência de AVC e insuficiência cardíaca, após 12 anos de pontificado. Primeiro papa das Américas, ele promoveu reformas institucionais e deu ênfase à misericórdia divina, à defesa dos pobres e ao engajamento em questões globais, como migração e mudanças climáticas.
Em sua primeira viagem após ser eleito, Francisco visitou o Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, reunindo 3,7 milhões de pessoas na missa de encerramento em Copacabana.