Hugo Motta celebra 40 anos da redemocratização: 'Democracia é inegociável'

19/03/2025 12:00 Central do Direito
Hugo Motta celebra 40 anos da redemocratização: 'Democracia é inegociável'

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reafirmou que a democracia é um bem inegociável e que continuará usando a Constituição como bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros. A declaração foi feita durante sessão solene realizada no Plenário da Câmara em homenagem aos 40 anos da redemocratização do Brasil.

Homenagem aos líderes da redemocratização

"Ao celebrarmos hoje esses 40 anos, fazemos mais do que lembrar: reafirmamos que o Brasil pertence ao povo", destacou Motta em seu discurso. "Que as instituições e as liberdades individuais são inegociáveis. Que a democracia é o único caminho legítimo para a grandeza desta nação. Que não aceitaremos jamais o sequestro de nossas liberdades duramente conquistadas quarenta anos atrás", acrescentou.

Em sua fala, o presidente da Câmara prestou homenagem a figuras históricas da transição democrática, como Tancredo Neves, um dos líderes da campanha Diretas Já e eleito pelo Colégio Eleitoral para assumir a presidência em 1985, mas que faleceu antes de tomar posse. Também destacou o papel de José Sarney, que era vice de Tancredo e assumiu a presidência, conduzindo o país durante o delicado processo de transição.

A Constituição como alicerce da democracia

Motta, que nasceu após a redemocratização, ressaltou sua responsabilidade como representante de uma geração que tem a democracia como princípio básico. "Se hoje vivemos em uma Nação onde a liberdade de votar e ser votado é um direito assegurado, onde a expressão de ideias e pensamentos é livre e onde o poder emana do povo, devemos isso a homens e mulheres que não se acovardaram diante de um dos períodos mais desafiadores deste País", afirmou.

O presidente da Câmara também destacou o papel de Ulysses Guimarães e da própria Casa na elaboração da Constituição de 1988, descrita por ele como "documento máximo do ordenamento jurídico brasileiro, espinha dorsal do Brasil livre em que vivemos hoje".

Vigilância constante

Em seu discurso, Motta alertou que "a democracia não é uma conquista definitiva", comparando-a a um "fogo sagrado" que precisa ser constantemente alimentado. "O passado nos ensina que, se a liberdade for negligenciada, sempre haverá mãos dispostas e ávidas por confiscá-la", advertiu.

"Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável. Seguirei usando a carta magna como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros", concluiu o presidente da Câmara.