O Congresso Nacional recebeu iluminação especial na cor amarela nesta terça-feira (8) em alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Cushing. A data homenageia o neurocirurgião Dr. Harvey Cushing, primeiro a descrever a doença em 1912 e nascido em 8 de abril de 1869. A iniciativa, solicitada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), busca conscientizar a população sobre essa condição médica rara caracterizada pela exposição prolongada a níveis excessivos de cortisol.
O que é a Síndrome de Cushing?
A síndrome de Cushing resulta principalmente do uso prolongado de corticosteroides ou da produção excessiva de cortisol pelo próprio organismo. Esta produção anormal pode ser causada por tumores na glândula pituitária, nas glândulas adrenais ou em outras partes do corpo. A condição afeta mais frequentemente mulheres, pessoas com obesidade e pacientes em tratamento com medicamentos corticosteroides.
Sintomas e diagnóstico
Entre os principais sintomas estão o acúmulo de gordura no tronco, face redonda (conhecida como "face em lua cheia"), dificuldade de cicatrização, estrias roxas na pele, hipertensão, fadiga, fraqueza muscular, diabetes, problemas emocionais como depressão e ansiedade, além de osteoporose. O diagnóstico é realizado através de exames de sangue, urina e saliva para mensurar os níveis de cortisol, complementados por exames de imagem quando necessário.
Tratamento e prognóstico
O tratamento visa eliminar a causa primária da síndrome e normalizar os níveis de cortisol. As abordagens variam conforme a origem do problema: ajuste medicamentoso no caso de uso de corticosteroides, medicamentos específicos ou dieta rica em potássio para produção anormal do organismo, ou intervenções como cirurgia e radioterapia quando há tumores envolvidos. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações a longo prazo e preservar a qualidade de vida do paciente.