Em sessão solene que marcou os 35 anos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o presidente da instituição, João Edegar Pretto, anunciou avanços significativos na formação de estoques reguladores e previu queda nos preços dos alimentos básicos para os consumidores brasileiros.
De acordo com Pretto, quando o atual governo assumiu, os estoques estavam zerados. Hoje, após 11 anos sem reserva de trigo, o país já conta com quase 10 mil toneladas do produto. Quanto ao arroz, que ficou oito anos sem estoques reguladores, o cereal voltará aos armazéns governamentais ainda este mês.
Impacto nos preços e aumento da produção
"Preços do feijão e do arroz já caíram mais de 40% nos supermercados", afirmou Pretto durante a cerimônia. Segundo ele, um dos fatores que permitiu o armazenamento de alimentos e a consequente queda da inflação foi o aumento da produção. "Aumentamos a área plantada com arroz em 7% comparado ao ano passado, depois de 13 anos de queda. Teremos uma produção 14% maior, com mais de 12 milhões de toneladas", destacou.
O deputado José Airton Félix Cirilo (PT-CE), um dos autores do pedido de realização da sessão solene, ressaltou que "o mais recente marco da nova fase da Conab" é a projeção de safra recorde de grãos para o biênio 2024-2025, de mais de 330 milhões de toneladas, o maior volume já registrado na série histórica.
Programa de Aquisição de Alimentos
A Conab também é responsável pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra produtos da agricultura familiar e os destina a instituições assistenciais, hospitais e escolas. Segundo a ministra substituta de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, o orçamento destinado ao programa este ano será de R$ 1 bilhão, valor 20% maior que o do ano passado.
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que também sugeriu a homenagem, destacou que no ano passado o programa movimentou cerca de R$ 800 milhões na economia brasileira, beneficiando 80 mil agricultores familiares e atendendo mais de 12 mil entidades assistenciais.
Pretto explicou ainda que, com a volta do Plano Safra da agricultura familiar, produtores de alimentos para o mercado interno contam com juros de 3% ao ano. Para produções ecologicamente corretas, os juros são ainda menores: 2% ao ano.