A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados cancelou a audiência pública prevista para esta quarta-feira (3) que discutiria o financiamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não foi definida nova data para o debate.
Déficit compromete atendimento
O deputado Zé Vitor (PL-MG), autor da solicitação, pretende discutir medidas para garantir custeio adequado do serviço. O parlamentar destaca que a insuficiência de recursos compromete o funcionamento do Samu nacionalmente, prejudicando manutenção da frota e condições laborais dos profissionais.
Situação crítica em Minas Gerais
Em Minas Gerais, dados de consórcios intermunicipais revelam que o repasse federal está aquém do estabelecido na Portaria 1.010/12, que regulamenta a divisão de custos entre União, estados e municípios. "O governo federal repassa R$ 170 milhões para o estado administrar o atendimento de urgência, mas os consórcios denunciam que esse valor é insuficiente – faltariam R$ 28 milhões para cobrir os gastos atuais", declarou Zé Vitor.
Consequências do subfinanciamento
A escassez de recursos resulta em sucateamento de ambulâncias, redução da frota operacional e atrasos no atendimento emergencial. "O Samu é, para muitos, a linha entre a vida e a morte. É o serviço de ambulância que corre contra o tempo para socorrer pessoas vítimas de acidentes, infartos, AVCs e inúmeras outras emergências, e cada segundo faz a diferença", enfatizou o deputado.
O cancelamento da audiência evidencia a urgência em encontrar soluções para o financiamento adequado do Samu, serviço essencial que atende emergências médicas em todo território nacional.