O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (11) uma nova fase do programa de Inteligência Artificial Ulysses, que passa a integrar iniciativas de modernização tecnológica da Casa. A iniciativa reforça a capacidade institucional e aproxima a tecnologia da atividade parlamentar.
Programa estruturado e integrado
"A partir de hoje, o Ulysses deixa de ser um conjunto de iniciativas isoladas e passa a estruturar um programa institucional de inteligência artificial, com projetos transversais, articulados e alinhados às necessidades da Câmara", declarou Motta durante o evento de lançamento.
A nova etapa facilita o uso de plataformas externas de IA, como Claude, Gemini e GPT, por servidores da Casa. Em breve, será lançado o Ulysses Chat, solução interna que fornecerá informações confiáveis sobre normas, serviços e procedimentos parlamentares.
Ferramentas para atividade legislativa
O programa será integrado à atividade legislativa, oferecendo ferramentas para organizar proposições, distribuir automaticamente matérias nas comissões e detectar possíveis conflitos constitucionais. "As ferramentas ampliam a precisão do processo legislativo e reduzem o tempo dedicado a tarefas repetitivas", explicou o presidente.
Políticas de governança e segurança
Motta também lançou as políticas de governança de Inteligência Artificial e de Governança de Dados da Câmara. Os documentos definem responsabilidades e criam mecanismos de coordenação entre áreas técnicas, garantindo que "a inovação ocorra de forma segura, transparente e alinhada aos valores da administração pública e da democracia".
O diretor-geral Guilherme Barbosa Brandão destacou que "a Câmara será referência entre parlamentos do mundo no uso de Inteligência Artificial", enquanto o secretário-geral Lucas Ribeiro Almeida Júnior enfatizou a importância da responsabilidade no uso dessas ferramentas, mantendo "a revisão humana em todas as etapas".