A Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (12) uma sessão solene em memória dos sete anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, reforçando a luta contra a violência política e a necessidade de justiça completa no caso.
Legado e resistência
Mônica Benício, viúva de Marielle e atual vereadora no Rio de Janeiro, destacou como o legado político se mantém vivo: 'As rosas da resistência nascem do asfalto', citando a última frase pública de Marielle. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora, ressaltou a importância de combater a normalização da violência política no país.
Projeto de lei e proteção aos defensores
Durante a sessão, foi defendida a aprovação do PL 6366/19, que institui o Dia Nacional Marielle Franco em 14 de março, data que também homenagearia defensores de direitos humanos. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) alertou sobre os mais de 1.100 casos de violência contra defensores de direitos humanos entre 2019 e 2022.
Cobrança por justiça
A urgência em punir os mandantes do crime foi destacada, especialmente a pendente cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, um dos acusados. Aghata Reis, viúva de Anderson, enfatizou que os avanços na investigação só ocorreram devido à pressão social. Os executores Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz já foram condenados em 2024, mas três supostos mandantes ainda aguardam julgamento.