Três trajetórias da advocacia ao TST: histórias de dedicação e conquistas no Direito do Trabalho

11/08/2025 07:30 Central do Direito
Três trajetórias da advocacia ao TST: histórias de dedicação e conquistas no Direito do Trabalho

No Dia do Advogado e da Advogada, três ministros do Tribunal Superior do Trabalho compartilham suas trajetórias inspiradoras da advocacia trabalhista aos mais altos postos da magistratura brasileira. As histórias de Maria Cristina Peduzzi, Delaíde Miranda Arantes e Fabrício Gonçalves exemplificam como escolhas aparentemente simples podem moldar destinos extraordinários.

Maria Cristina Peduzzi: pioneirismo e liderança feminina no TST

Aos 15 anos, Maria Cristina deixou Bagé (RS) para estudar em Porto Alegre, iniciando uma jornada que a levaria a fazer história no Judiciário brasileiro. Formada em Direito pela UFRGS e UnB, sua especialização em Direito do Trabalho surgiu de um convite do jurista Hugo Gueiros Bernardes para estagiar na área.

Após consolidar carreira na advocacia e recusar oportunidades no Ministério Público, Peduzzi ingressou no TST em 2001, tornando-se a única mulher entre os 17 ministros da época. Em 2020, quebrou mais uma barreira ao se tornar a primeira mulher a presidir o tribunal em quase 80 anos, liderando a instituição durante a pandemia de covid-19.

Delaíde Miranda Arantes: da pequena Pontalina ao TST

Natural de Pontalina (GO), cidade com pouco mais de 18 mil habitantes, Delaíde descobriu sua paixão pelo Direito assistindo ao Tribunal do Júri local. Para viabilizar os estudos, trabalhou como doméstica e recepcionista, mudando-se para Goiânia onde concluiu o curso em 1980.

Três décadas de advocacia trabalhista consolidaram seu nome no ramo, atuando em importantes sindicatos da capital goiana. Em 2011, tornou-se a sexta mulher a integrar o TST, já com 27 ministros, após transferir a titularidade de seu escritório para familiares.

Fabrício Gonçalves: da militância estudantil à magistratura

Natural de Brasília de Minas (MG), Fabrício Gonçalves chegou ao TST em 2024 após mais de três décadas na advocacia trabalhista e docência jurídica. Formado pela PUC Minas, integra a geração "filha da Constituição de 1988" e foi o primeiro advogado trabalhista a presidir a OAB/MG.

Sua trajetória inclui movimento estudantil, militância em entidades de classe e defesa da Justiça do Trabalho. Durante sua posse, emocionou-se ao citar Milton Nascimento: "Os sonhos não envelhecem", simbolizando uma carreira marcada pela perseverança e dedicação ao Direito do Trabalho.