O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta segunda-feira (26) uma nova série de oitivas relacionadas à investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida entre 2022 e 2023. A sessão, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes por videoconferência, concentrou-se nos depoimentos de oito testemunhas indicadas pela defesa do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro.
Testemunhas ligadas ao alto escalão militar
Entre os ouvidos estavam Carlos José Russo Penteado, Ricardo Ibsen Pennaforte de Campos, Antonio Carlos de Oliveira Freitas, Amilton Coutinho Ramos, Valmor Falkemberg Boelhouwer, Christian Perillier Schneider, Osmar Lootens Machado e Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga. Este último também prestou depoimento em favor do general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Núcleo central da investigação
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Heleno e Braga Netto integram, junto com o ex-presidente Bolsonaro, o chamado Núcleo 1 da Ação Penal (AP) 2668, considerado crucial na articulação da tentativa golpista. Também fazem parte deste grupo Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Mauro Cid e Paulo Sérgio Nogueira.
Crimes graves contra a democracia
Os acusados respondem por um conjunto de graves delitos: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No caso específico de Alexandre Ramagem, a investigação dos supostos crimes cometidos após sua diplomação como deputado federal está temporariamente suspensa em virtude de sua imunidade parlamentar.