O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, assegurou em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que o Enem 2025 mantém sua integridade e validade. O dirigente descartou qualquer irregularidade no exame após investigação da Polícia Federal.
Investigação da PF confirma ausência de vazamento
Palácios explicou que, assim que surgiram rumores sobre possíveis irregularidades devido à semelhança entre questões do exame e material de curso preparatório, o Inep acionou especialistas e a Polícia Federal. A investigação analisou 900 questões do material suspeito e concluiu pela inexistência de vazamento.
"A investigação da Polícia mostrou que não houve vazamento. Ficou evidente que não havia nenhum vazamento do Enem", afirmou o presidente do instituto durante a audiência.
Anulação de três questões por precaução
O dirigente esclareceu que a decisão de anular três questões da prova foi tomada por precaução, para preservar a credibilidade do exame. Segundo ele, devido à metodologia do Enem, essa anulação não compromete os resultados, pois o número de questões aplicadas é superior ao necessário para avaliar o conhecimento dos estudantes.
Deputados questionam credibilidade do processo
O presidente da Comissão de Educação, deputado Maurício Carvalho (União-RO), manifestou preocupação com o impacto da polêmica na credibilidade do Enem, principal instrumento de acesso ao ensino superior no país. O parlamentar questionou como garantir a lisura do processo diante das alegações de que até 11 questões teriam sido antecipadas.
Palácios reforçou que o Enem utiliza questões avaliadas em pré-testes realizados entre 2013 e 2024, garantindo a qualidade técnica e a segurança do exame nacional.