O II Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário anunciou seus vencedores em cerimônia realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A premiação, que avaliou 241 trabalhos inscritos, destacou o papel fundamental da imprensa profissional na garantia da democracia e no combate à desinformação.
Tribunais Superiores unidos pela transparência
A iniciativa conjunta do STF, TST, TSE, STJ, STM, CNJ e CJF tem como objetivo incentivar reportagens que evidenciem o papel do Judiciário na promoção da cidadania, direitos humanos e justiça social. Os trabalhos foram divididos em dois eixos temáticos: "Direitos humanos, cidadania e meio ambiente" e "Inteligência artificial, inclusão digital e desinformação".
Ministros defendem jornalismo profissional
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, enfatizou que o Brasil precisa de uma "imprensa crítica, que difunde malfeitos, corrige seus próprios equívocos, ouve os dois lados e distingue adequadamente fato de opiniões". Ele alertou sobre os impactos das plataformas digitais, que "democratizaram o acesso, mas abriram avenidas para desinformação, discursos de ódio e teorias da conspiração".
O presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, reforçou que "um Poder Judiciário altivo e independente e uma imprensa livre, informativa e crítica são fundamentais para a democracia". Já a ministra Maria Elizabeth Rocha, do STM, destacou que a tecnologia pode ser aliada do jornalismo, mas "nada substitui a criação e a individualidade" do trabalho jornalístico.
Premiação valoriza diversidade jornalística
Os três primeiros colocados em cada categoria receberam R$ 5 mil, além de troféus e certificados. Entre os destaques estão reportagens sobre questões ambientais na Amazônia, direitos humanos, violência policial e desafios da inteligência artificial nas eleições. O trabalho "Gigante pela própria imundice", do Portal Metrópoles, conquistou o primeiro lugar na categoria jornalismo escrito do eixo direitos humanos.
A premiação contou com comissões julgadoras formadas por representantes da imprensa, do Judiciário e da academia, avaliando os trabalhos com base em critérios como relevância, qualidade editorial e originalidade na abordagem dos temas propostos.