Motta defende retirada de 'pautas tóxicas' após protestos contra anistia e PEC

22/09/2025 13:30 Central do Direito
Motta defende retirada de 'pautas tóxicas' após protestos contra anistia e PEC

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta segunda-feira (22) a retirada das chamadas "pautas tóxicas" da agenda legislativa após as manifestações populares contra a PEC das Prerrogativas e o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Democracia viva nas ruas

Durante evento do BTG Pactual em São Paulo, Motta avaliou que as manifestações contrárias demonstram que "a democracia no País está viva" e que a população defende suas convicções. O deputado classificou a semana passada como "a mais difícil e desafiadora da Câmara".

Proposta de consenso para anistia

Sobre o projeto de anistia, o presidente da Câmara defendeu uma "solução legislativa" para buscar a pacificação nacional. Motta argumentou que ambos os polos políticos rejeitam a construção do texto porque "o tema só serve aos extremos".

"O texto que a Câmara quer construir procura responsabilizar aquelas pessoas que foram lá quebrar, depredar, e pessoas que armaram, por exemplo, planos para matar pessoas", explicou Motta, enfatizando que a proposta reconhece o papel do STF no episódio de 8 de janeiro.

Defesa das prerrogativas parlamentares

Quanto à PEC das Prerrogativas, Motta contestou as críticas que a classificam como "PEC da Blindagem". Segundo ele, o Legislativo apenas retoma direitos constitucionais originários abandonados há mais de 20 anos, diante de investidas do Judiciário contra mandatos parlamentares por opiniões e discursos.

O presidente da Câmara demonstrou respeito à autonomia do Senado na tramitação da proposta: "Se o Senado achar que não é interessante, que arquive, que vote contra", declarou.