O deputado Merlong Solano (PT-PI), vice-presidente da comissão especial que analisou a reforma do Imposto de Renda (PL 1087/25), defendeu nesta quarta-feira (1º) a aprovação do projeto no Plenário da Câmara dos Deputados.
Dados da Receita Federal revelam desigualdade
Em entrevista à Rádio Câmara, Solano apresentou dados oficiais da Receita Federal que demonstram a disparidade na tributação. "O 1% mais rico tem uma carga efetiva de imposto pago de apenas 4,2%. O 0,01% mais rico só tem uma carga efetiva de 1,7%", revelou o parlamentar.
Proposta mantém essência do governo
O deputado destacou que o relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) preserva os objetivos centrais da proposta governamental: garantir justiça tributária através da isenção para quem ganha menos e maior cobrança dos contribuintes de alta renda.
"É uma injustiça muito grande. E do modo como o projeto está construído, ele só determina que as faixas de alta renda paguem pelo menos 10% de imposto efetivo", explicou Solano, classificando a medida como união entre "responsabilidade social com justiça tributária".
Expectativa para votação
Apesar de prever uma longa discussão no Plenário, o vice-presidente da comissão especial demonstrou confiança na aprovação do texto. A reforma do Imposto de Renda é o único item da pauta desta quarta-feira na Câmara dos Deputados.
Ouça a íntegra da entrevista com Merlong Solano na Rádio Câmara