Magistradas da Segunda Turma do TST destacam desafios na luta por igualdade feminina no Dia Internacional da Mulher

17/03/2025 23:00 Central do Direito

As ministras da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho manifestaram-se sobre o Dia Internacional da Mulher durante sessão realizada nesta quarta-feira (12), destacando os desafios contínuos na luta por igualdade de gênero. A ministra Maria Helena Mallmann, presidente do colegiado exclusivamente feminino, enfatizou a necessidade de reflexão sobre temas críticos como o aumento alarmante de feminicídios e a persistente desigualdade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Conquistas históricas e desafios persistentes

Durante a sessão, as magistradas celebraram um marco importante para a representatividade feminina no Judiciário brasileiro: a posse da ministra Maria Elizabeth Rocha como primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM). "É uma inspiração para aquelas que acham que não conseguem", destacou a ministra Liana Chaib, ressaltando o valor simbólico dessa conquista.

Mallmann expressou preocupação com a violência contra mulheres: "Impressiona essa matança de mulheres no mundo, não só no Brasil". A presidente do colegiado também lembrou que o direito ao voto feminino não completou nem um século, observando que "apesar de avanços consideráveis, tem que avançar muito ainda".

Representatividade feminina no Judiciário

A ministra Delaíde Miranda Arantes foi objetiva em sua manifestação: "Continuamos aí na luta por igualdade, igualdade de condições, de tratamento, igualdade em todos os sentidos". Por sua vez, a ministra Liana Chaib, mais recente integrante do TST, citou a escritora Lygia Fagundes Telles, que estudou Direito na USP em 1941, em um ambiente com apenas seis mulheres entre 200 homens: "quem está no pelotão da frente são aquelas que primeiro pegam no peito as rajadas".

O colegiado exclusivamente feminino do TST representa um avanço na composição de órgãos superiores do Judiciário brasileiro, historicamente dominados por homens, e reforça a importância da representatividade para inspirar novas gerações de mulheres na carreira jurídica.