Inteligência Artificial no Judiciário: entre benefícios e riscos jurídicos
A crescente adoção de inteligência artificial no sistema judiciário brasileiro levanta questões fundamentais sobre responsabilidade e controle, conforme alerta recente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Um experimento conduzido pela corte demonstrou como uma IA pode redigir recursos juridicamente convincentes, mas potencialmente perigosos do ponto de vista técnico.
Alucinações algorítmicas: o perigo da jurisprudência inventada
O TST emitiu um alerta específico sobre o fenômeno das "alucinações algorítmicas" - quando sistemas de IA fabricam jurisprudências inexistentes que parecem autênticas. Este comportamento representa um risco significativo para a segurança jurídica, especialmente quando utilizado sem a devida verificação humana.
Ferramentas oficiais com supervisão humana
Em contraponto aos riscos, o Tribunal destaca iniciativas oficiais desenvolvidas com controle humano e base de dados oficial. Entre elas estão o Chat-JT, Falcão, Galileu e o Monitor do Trabalho Decente - ferramentas que auxiliam o trabalho judicial sem substituir o discernimento humano, princípio considerado inegociável pela corte.
Outros temas em debate no TST
A newsletter TST Juris também aborda Incidentes de Recursos Repetitivos sobre temas como atuação sindical, jornada em ambientes insalubres, adicional de insalubridade na coleta de lixo, controle de ponto por exceção, dano moral por atraso salarial e direitos de categorias específicas. Além disso, destaca discussões sobre desigualdade salarial e trabalho de cuidado, e anuncia inscrições para projetos de pesquisa judiciária em temas estratégicos.
A TST Juris é publicada mensalmente pela Secretaria de Comunicação Social do TST, disponibilizando atualizações sobre decisões e debates do tribunal através do LinkedIn. Para acompanhar o conteúdo completo, os interessados podem assinar a newsletter.