O governo federal anunciou uma parceria inédita entre os ministérios do Esporte, da Saúde e da Educação para incluir atividades esportivas nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) do Sistema Único de Saúde. A iniciativa foi apresentada pelo secretário nacional de paradesporto, Fábio Araújo, durante audiência na Câmara dos Deputados.
Investimento de R$ 6 milhões até 2026
O programa receberá R$ 1 milhão em 2025, com previsão de alcançar R$ 6 milhões até o final de 2026. O objetivo é fortalecer o cuidado intersetorial à saúde da pessoa com deficiência e descobrir novos talentos esportivos. "A pessoa com deficiência vai passar a ter acesso ao esporte dentro do Sistema Único de Saúde", destacou Araújo.
Meta de implementação em 10% dos centros
A estratégia inicial prevê a implantação do paradesporto em pelo menos 10% dos mais de 370 centros especializados existentes no país. Outras 53 unidades em construção pelo Novo PAC deverão ter quadras poliesportivas adaptadas obrigatoriamente. Nesses espaços serão implementados os programas Semear e TEAtivo, voltados para crianças e adolescentes.
Profissional de educação física obrigatório
O coordenador do Ministério da Saúde, Arthur Medeiros, anunciou que profissionais de educação física se tornarão obrigatórios nos centros especializados, equiparando-se a médicos e fisioterapeutas. A medida integra o novo Plano Nacional "Viver sem Limite", coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos.
Apoio parlamentar e recursos adicionais
O deputado Douglas Viegas (União-SP) prometeu apoio através de emendas parlamentares, ressaltando que "esporte é saúde". Viegas é autor da PEC 44/24, que pode destinar até R$ 750 milhões para o setor esportivo. Segundo o último censo, 18,6 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, sendo que 75% dos municípios não possuem ações esportivas para essa população.