Governador do Rio defende mais recursos federais para combater crime organizado

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu que a PEC da Segurança Pública (PEC 18/25) garanta mais recursos para o combate ao crime organizado. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, ele sugeriu a destinação de parte da taxação das bets para a segurança pública.

Críticas aos repasses federais

Castro criticou a forma atual de repasses de recursos federais, defendendo que sejam "livres" e não em "projetos carimbados" do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O governador também questionou as restrições do governo federal ao uso do Fundo Nacional de Segurança Pública e pediu compensação da União pelo combate a crimes federais realizados por policiais civis estaduais.

Defesa da autonomia policial

"Rio de Janeiro é um estado de serviços. O crime organizado tem tomado conta de ações de serviços, como internet, como transporte alternativo", afirmou Castro. Ele defendeu maior liberdade de atuação das polícias: "Na minha opinião, a polícia tem que ser livre para fazer o trabalho dela. Não tem que ter autoridade mandando abrir inquérito sobre nada".

Posicionamento sobre integração

O governador fluminense concordou com a integração dos trabalhos das polícias, considerando a dificuldade de diferenciar crimes estaduais e federais atualmente. Contudo, defendeu que as polícias estaduais permaneçam submetidas aos governadores e que a Polícia Federal não possa escolher onde atuar.

Caso Amapá e críticas

O governador do Amapá, Clésio Luis, relatou o combate às facções criminosas em seu estado com apoio do então ministro Flávio Dino. Já o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) criticou a operação Contenção do Rio, que resultou em 122 mortos, questionando a eficácia das ações policiais. O relator da PEC, deputado Mendonça Filho (União-PE), confirmou a entrega do relatório para 4 de dezembro.