O economista Rubens Oliveira Costa negou participação no esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas durante depoimento na CPMI do INSS nesta segunda-feira (22). Apesar das negativas, Costa admitiu ter movimentado entre R$ 100 e R$ 150 milhões em empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS".
Movimentação milionária reconhecida
Durante questionamento do relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Costa confirmou a movimentação de valores expressivos na Prospect Consultoria enquanto prestava serviços para Antunes. O economista revelou ainda que recebia R$ 7.500 mensais da Vênus Consultoria, mas sua renda total chegava a cerca de R$ 70 mil considerando todas as empresas.
Direito ao silêncio exercido
Amparado por habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux do STF, Costa optou por não assinar o termo de compromisso e exerceu o direito de permanecer em silêncio em várias perguntas. O depoente negou ter ordenado ou participado conscientemente do pagamento de propinas, alegando ter deixado o cargo antes de conhecer os inquéritos criminais.
Pedido de prisão reforçado
Diante das revelações, o relator Alfredo Gaspar solicitou que a CPMI reforce ao STF o pedido de prisão preventiva de Costa. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), concordou com o envio de ofício ao Supremo e disse que decidirá sobre prisão em flagrante até o final da sessão.
A CPMI investiga fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões para pagamento de serviços a empresas de consultoria, com participação de associações de aposentados e servidores do INSS.