Movimentos socioambientais estabeleceram como prioridade para a COP 30, que acontecerá em Belém (PA) em novembro, a garantia de recursos para adaptação climática de comunidades vulneráveis. O tema foi central em seminário realizado na Câmara dos Deputados pela Frente Parlamentar Ambientalista e o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS).
Déficit histórico e demandas urgentes
Marina Marçal, da Waverley Street Foundation, destacou o déficit de US$ 387 bilhões em recursos globais para países em desenvolvimento enfrentarem mudanças climáticas. Segundo ela, os impactos atingem desproporcionalmente populações vulneráveis, especialmente comunidades negras e periféricas.
Gestão de recursos e participação local
Críticas foram direcionadas à centralização de fundos como o Fundo Amazônia, que tende a privilegiar grandes organizações. O Fundo Casa Socioambiental foi apontado como modelo positivo de gestão descentralizada, beneficiando diretamente comunidades tradicionais e pequenos agricultores.
Articulação internacional e participação popular
A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq) anunciou uma 'COP Quilombola' em março, reunindo representantes de 13 países. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) destacou a importância da participação popular e a oportunidade de tornar a COP 30 um marco na justiça socioambiental.

Crédito: TV Câmara