A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará, na próxima terça-feira (22), uma audiência pública para debater a importância da assistência fisioterapêutica nos serviços de saúde que realizam partos. O encontro, solicitado pela deputada Iza Arruda (MDB-PE), acontecerá a partir das 17 horas, no plenário 7.
Benefícios comprovados para mães e bebês
Segundo estudos apresentados pela parlamentar, a fisioterapia pode reduzir significativamente complicações durante a gestação, melhorar a experiência do parto e otimizar a recuperação pós-parto. Entre as técnicas utilizadas estão métodos não farmacológicos para alívio da dor, orientação postural e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico.
"O acompanhamento durante o trabalho de parto aumenta a segurança do processo, reduz o trauma e gera melhores resultados para a saúde da mãe e do bebê", argumenta a deputada Iza Arruda, autora do requerimento para o debate.
Barreiras para implementação nacional
Apesar dos benefícios comprovados, a deputada destaca que ainda existem obstáculos significativos para a ampla inserção de fisioterapeutas nas maternidades brasileiras. Entre os principais desafios estão a falta de regulamentação legal clara, a escassez de profissionais especializados nos hospitais e a ausência de diretrizes unificadas para a atuação fisioterapêutica no ciclo gravídico-puerperal.
Alguns estados brasileiros já avançaram nessa questão. Piauí e Rio Grande do Norte, por exemplo, já possuem legislações específicas que garantem a presença de fisioterapeutas nos serviços de obstetrícia, podendo servir de modelo para uma possível regulamentação nacional.