Um grupo de trabalho foi instalado nesta quinta-feira (10) pela Presidência da Câmara dos Deputados com o objetivo de elaborar uma proposta de solução tecnológica para identificação e controle de acesso às dependências da Casa. A iniciativa também visa criar um protocolo de segurança mais eficiente para proteção do patrimônio, instalações e pessoas que circulam no local.
Modernização urgente
O primeiro-secretário da Câmara e coordenador do grupo, deputado Carlos Veras (PT-PE), destacou a urgência do trabalho: "Estamos preparando um estudo para apresentar à Mesa Diretora para organizar e modernizar a segurança da Casa". Embora o prazo oficial seja de 90 dias, prorrogáveis por igual período, a equipe pretende concluir o estudo o mais rapidamente possível.
Desafios de segurança
A criação do grupo foi motivada pelo grande fluxo de pessoas na Câmara - que pode ultrapassar 20 mil visitantes em dias de intensa atividade legislativa - e pela "crescente organização de grupos radicais orientados a promover atos de violência contra as instituições democráticas". O ato que instituiu o grupo também menciona "recentes episódios que apontam para pessoas na posse de explosivos circulando livremente em locais próximos à Casa".
Tecnologia a serviço da segurança
O deputado Carlos Veras ressaltou a importância de aproveitar os avanços tecnológicos para aperfeiçoar o acesso à Câmara: "A tecnologia está avançando, e a gente não pode ficar para trás. Precisamos otimizar, inclusive diminuindo as filas, fazendo com que as pessoas possam ter um acesso mais rápido à Câmara dos Deputados".
O grupo é formado por representantes de diversos órgãos da Casa, como a Secretaria-Geral da Mesa, a Assessoria de Projetos e Gestão, a Diretoria Administrativa e o Departamento de Polícia Legislativa. A colaboração não é remunerada, mas despesas com transporte, hospedagem e organização de eventos poderão ser custeadas pela Câmara, mediante autorização do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).