A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) voto de pesar pela morte do papa Francisco. Seis requerimentos com o mesmo tema, apresentados por deputados de diferentes espectros políticos, da esquerda à direita, foram aprovados em Plenário.
Legado de misericórdia e defesa dos vulneráveis
O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Frente Parlamentar Católica e autor de um dos requerimentos, destacou que o pontificado de Francisco foi marcado por "um zelo incansável pelos pobres, pelos descartados, pelos menores – ícones do próprio Cristo sofredor", sendo uma "expressão viva da misericórdia que não contradiz a verdade".
Para o líder do PSB, deputado Pedro Campos (PE), a voz do pontífice ecoou em defesa dos mais vulneráveis, refugiados, imigrantes e todos aqueles que sofrem com a pobreza e exclusão social. "A moção representa nossa fé e esperança de que o exemplo de Francisco continue nos inspirando a buscar a paz, a unidade, a conciliação entre os povos", afirmou.
Humildade e compromisso com a justiça social
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) ressaltou a coerência do papa com a vida do santo de Assis, a quem quis homenagear em seu pontificado. "Visitou favelas, abraçou refugiados, dialogou com os movimentos populares e enfrentou com coragem as estruturas que geram exclusão", declarou.
Já o deputado Danilo Forte (União-CE) lembrou que Francisco foi uma liderança espiritual singular, dedicada ao serviço dos mais pobres, à promoção da paz, à defesa da dignidade humana e à difusão dos valores cristãos. "Ele nos ensinou que a verdadeira força da fé está na humildade, na escuta e na prática do amor ao próximo", destacou.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) mencionou o papel fundamental do papa na restauração das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, além de sua defesa dos refugiados e migrantes, considerando sua proteção um "dever de civilização". O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) também apresentou requerimento de voto de pesar.