A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados realizará nesta terça-feira (9) uma audiência pública para discutir estratégias de combate ao analfabetismo entre pessoas idosas no Brasil.
Números alarmantes revelam desigualdade educacional
Dados do Censo 2022 demonstram a gravidade da situação: a taxa de analfabetismo entre pessoas com 65 anos ou mais atinge 20,3%, índice mais de treze vezes superior ao registrado na faixa etária de 15 a 24 anos. Essa disparidade evidencia um problema estrutural que demanda atenção urgente das políticas públicas.
Impactos sociais do analfabetismo na terceira idade
Os deputados Luiz Couto (PT-PB) e Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), responsáveis pela solicitação da audiência, destacam que o analfabetismo representa muito mais que uma questão educacional. Segundo os parlamentares, essa condição resulta em exclusão social, menor acesso a bens culturais, reduzida mobilidade social e piores condições de saúde para a população idosa.
Educação de Jovens e Adultos como solução
Entre as propostas apresentadas para enfrentar o problema está o fortalecimento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os deputados defendem a ampliação de vagas e o investimento na capacitação de docentes especializados no atendimento a esse público específico.
A audiência pública, marcada para às 16 horas em plenário ainda a ser definido, reunirá especialistas e autoridades para debater soluções concretas. Confira a lista completa de convidados para a audiência.
O debate representa um passo importante no reconhecimento de que a educação é um direito fundamental que não deve ter limites de idade, especialmente considerando o envelhecimento populacional brasileiro e a necessidade de inclusão social plena dos idosos.