O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vieira de Mello Filho, destacou na COP30 que a justiça climática está intrinsecamente ligada à justiça social. Durante o Dia da Justiça na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA), o magistrado enfatizou que "sem justiça social, não haverá justiça climática; sem trabalho decente, não haverá transição justa".
Amazônia no centro das decisões
O ministro defendeu que a vida e o trabalho das populações amazônicas devem ser priorizados nas decisões climáticas. "A Justiça do Trabalho está comprometida com esse futuro, atuando em rede, nas florestas, nas cidades e nas comunidades para que cada decisão judicial contribua para uma economia de baixo carbono", declarou Vieira de Mello.
Transição ecológica justa
Em evento do LaClima, o presidente do TST alertou que a transição ecológica deve proteger trabalhadores, povos originários e comunidades tradicionais. "A transição que não for justa, que não proteger o trabalhador, não será transição. Será apenas a substituição de um modelo de exploração por outro", afirmou.
Responsabilidade empresarial
O magistrado também ressaltou o papel fundamental das empresas no enfrentamento das mudanças climáticas, destacando a necessidade de conciliação entre capital e trabalho para o desenvolvimento de uma economia verde sustentável.
"Belém é um símbolo onde as águas e florestas mostram que o tempo da terra é diferente do tempo da economia", concluiu o ministro, enfatizando a importância dos povos que há séculos mantêm o equilíbrio entre vida humana e planeta.