O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) elegeu nesta segunda-feira (4) os ministros que comandarão a Justiça do Trabalho nos próximos dois anos. O ministro Vieira de Mello Filho foi escolhido para presidir o TST e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), enquanto Caputo Bastos ocupará a vice-presidência e José Roberto Pimenta assumirá a Corregedoria-Geral.
Transição e posse marcada para setembro
A cerimônia de posse está agendada para 25 de setembro de 2025. O atual presidente, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, se aposentará em 1º de outubro ao completar 75 anos, idade-limite para exercício da magistratura. Durante a sessão de eleição, Veiga desejou êxito à nova administração.
Processo eleitoral seguiu regimento interno
Conforme o Regimento Interno do TST, os cargos de direção são preenchidos por eleição entre os ministros mais antigos do Tribunal. O corregedor-geral é escolhido entre a primeira quinta parte dos ministros mais antigos. A votação é secreta e requer maioria absoluta dos 27 ministros integrantes.
Compromissos da nova gestão
Em seu pronunciamento, Vieira de Mello Filho reafirmou o compromisso com a valorização da Justiça do Trabalho e seu papel na promoção da justiça social. O ministro compartilhou que desde os 21 anos sonhava em ser juiz do trabalho, inspirado pelo pai, também ex-ministro do TST. "Recebo essa função com muita humildade, respeito e responsabilidade", declarou.
Caputo Bastos manifestou gratidão e prometeu atuar em sintonia com a nova administração, focando no fortalecimento da Justiça do Trabalho. José Roberto Pimenta destacou que a Corregedoria atuará firmemente para garantir os princípios da justiça social em todas as instâncias.
Perfil dos novos dirigentes
Vieira de Mello Filho é ministro do TST desde 2006, formado pela UFMG e com ingresso na magistratura trabalhista em 1987. Foi vice-presidente do TST no biênio 2020-2022 e atualmente exerce a Corregedoria-Geral. Caputo Bastos, bacharel em Economia e Direito, é ministro desde 2007 e representa o Tribunal no CNJ. Pimenta, doutor em Direito Constitucional pela UFMG, integra o TST desde 2010 e atua no magistério universitário.