Testemunhas negam que Gilvan da Federal ofendeu ministra Gleisi Hoffmann

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouviu nesta terça-feira (23) duas testemunhas de defesa do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), acusado de quebra de decoro parlamentar por ofensas à deputada licenciada Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, e ao deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

Contexto do Caso

As declarações controversas ocorreram durante reunião da Comissão de Segurança Pública em 29 de abril. Gilvan foi suspenso por três meses em 6 de maio e já retomou o mandato. O conselho analisa agora pedido de cassação feito pela Mesa Diretora da Câmara.

Depoimento das Testemunhas

O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que presidia a reunião, afirmou que Gilvan usou apelidos da lista da Odebrecht como "Lindinho" e "Amante", relacionados à corrupção, sem citar nomes reais. "Eu acredito que a representação é infundada por atribuir uma relação entre a fala do Gilvan e a ministra", declarou.

A segunda testemunha, deputado Sargento Fahur (PSD-PR), também defendeu que Gilvan não tinha Gleisi Hoffmann como alvo. Sobre a expressão "prostituta do caramba", Fahur confirmou ter presenciado: "Ele falou isso como um desabafo final".

Defesa do Deputado

O próprio Gilvan rebateu acusações sobre pedido de desculpas: "Isso é mentira. Eu não assumi em momento algum, em várias falas minhas, eu reitero que eu não me referia à deputada Gleisi Hoffmann".

Próximos Passos

O presidente do Conselho de Ética, deputado Fabio Schiochet (União-SC), informou que Gilvan será ouvido na próxima semana e o relatório será apresentado na segunda semana de outubro.