Mudança de estratégia no Congresso
O líder do Partido Liberal (PL), deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou que a PEC das Prerrogativas deixou de ser prioridade para sua legenda. A proposta de emenda constitucional, que visa ampliar as prerrogativas parlamentares, enfrentou forte resistência tanto no Congresso quanto na sociedade civil.
PL assume posição coadjuvante
Cavalcante declarou que, caso outros partidos desejem prosseguir com a votação, o PL atuará apenas como coadjuvante, abandonando o papel de protagonista que vinha exercendo. "Eu não vou ficar querendo ajudar 513 deputados e 81 senadores, quando, dentro desses 513 e 81, tem gente que acha que fortalecer prerrogativa é um desserviço", afirmou o líder em entrevista à imprensa.
Oposição celebra recuo
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), interpretou o recuo como uma vitória significativa da sociedade brasileira. Segundo Farias, a desistência dos líderes partidários demonstra que "o povo quer discutir pautas concretas, como a proteção de crianças e adolescentes contra a adultização, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos".
Impasse parlamentar
A mudança de postura do PL ocorre após deputados não chegarem a acordo para votar a PEC das Prerrogativas. O texto enfrentou críticas por potencialmente ampliar a imunidade parlamentar em um momento de crescente cobrança por transparência e responsabilização no poder público.
Reflexos na agenda legislativa
O abandono da PEC das Prerrogativas pelo PL pode sinalizar uma reorientação das prioridades legislativas, com foco em pautas consideradas mais alinhadas às demandas populares. A decisão também reflete a pressão exercida pela opinião pública sobre temas relacionados aos privilégios parlamentares.