Na véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, a Justiça Federal do Rio de Janeiro promove uma iniciativa histórica para discutir o legado da escravização no Brasil. O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) lança o projeto Valongo – Justiça pela Memória do Cais, reafirmando o compromisso institucional com a equidade racial e justiça social.
Programação e Transmissão
O evento desta quarta-feira (19) inicia às 14h30 com a aula magna "Memória da Escravização: o papel da Justiça Federal para a reparação histórica", ministrada por juristas e historiadores renomados. A programação é transmitida ao vivo pelos canais do YouTube do CJF e do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
Entre as atividades destacam-se a palestra "O impacto do protocolo para julgamento com perspectiva racial na efetividade da Justiça" e, às 16h30, a conferência "Escravização: o papel da Justiça Federal na preservação da memória e na garantia de reparação".
Inspiração no Patrimônio Mundial
O projeto Valongo surge das medidas judiciais voltadas à preservação do Cais do Valongo, sítio arqueológico reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. O local representa um símbolo histórico do tráfico transatlântico de escravos e inspira esta iniciativa de reflexão sobre reparação histórica.
Lançamentos e Exposição
Às 18h, serão lançados o livro e a exposição digital "Valongo: Justiça pela Memória do Cais", produzidos pela Assessoria de Comunicação Social do CJF. As obras combinam rigor histórico com aquarelas da servidora Maria Clara Teixeira de Assis, convidando à reflexão sobre o compromisso contemporâneo com a reparação.
A exposição digital ficará aberta ao público de 20 de novembro a 19 de dezembro na Galeria Cela do Centro Cultural Justiça Federal, no centro do Rio, com visitação gratuita de terça a domingo, das 11h às 19h. O projeto inclui ainda um podcast com três episódios e site exclusivo para ampliar o acesso ao conteúdo.