Hugo Motta prioriza medidas contra tarifas americanas e defende proteção de exportadores brasileiros

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta segunda-feira (11) que dará prioridade às medidas governamentais destinadas a proteger a economia brasileira e os exportadores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais.

Resposta Imediata às Tarifas Americanas

"Estamos aqui de prontidão para agir imediatamente, para garantir que esses danos possam ser dirimidos e os impactos possam ser diminuídos", declarou Motta em entrevista à revista Veja. O parlamentar destacou que o governo americano já realizou uma revisão parcial das tarifas, retirando produtos como laranja e aeronaves da Embraer da lista de taxação.

Contudo, diversos produtos brasileiros continuam sendo impactados pelas medidas protecionistas americanas, incluindo café, manga e carne bovina. Motta enfatizou a importância do diálogo diplomático como ferramenta para resolver essas questões comerciais.

Agenda Legislativa do Segundo Semestre

Para a reunião de líderes desta terça-feira (12), o presidente da Câmara pretende incluir projetos voltados à proteção de crianças e adolescentes em plataformas digitais. A iniciativa foi motivada por postagens sobre adultização infantil nas redes sociais.

Entre as prioridades legislativas estão a PEC da Segurança Pública, o novo Plano Nacional de Educação (PNE), regulamentação da inteligência artificial e medidas provisórias sobre taxação de bancos, fintechs, data centers e energia. "O segundo semestre tende a ser de muitas matérias importantes. Nosso foco é produzir o que é realmente importante para população brasileira", afirmou.

Críticas a Eduardo Bolsonaro

Motta criticou duramente a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas negociações relacionadas às tarifas americanas. "Eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu País de origem e tragam danos à economia do País", declarou o presidente da Câmara.

Sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Motta avaliou que há resistência na Casa devido à gravidade dos fatos, incluindo planejamento de morte de pessoas. "Eu não sei se há ambiente para anistiar quem agiu desta forma. Penso que não", concluiu.