Ex-ministro Carlos Lupi depõe na CPMI sobre fraudes bilionárias no INSS nesta segunda-feira

08/09/2025 09:00 Central do Direito
Ex-ministro Carlos Lupi depõe na CPMI sobre fraudes bilionárias no INSS nesta segunda-feira

Ex-ministro prestará esclarecimentos sobre medidas contra descontos ilegais

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS ouve nesta segunda-feira (8), às 16h, o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi. O depoimento busca esclarecer as medidas adotadas durante sua gestão para combater os descontos ilegais em benefícios.

Lupi comandou o ministério entre janeiro de 2023 e maio de 2025, período crucial para o enfrentamento das irregularidades identificadas. A audiência será interativa, permitindo perguntas e comentários de cidadãos.

Investigação revela esquema milionário de fraudes

Segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o ex-ministro "detém informações imprescindíveis" sobre as ações governamentais contra o esquema fraudulento. As investigações da Polícia Federal apontam que associações de representação de aposentados praticaram descontos indevidos a partir de 2019, causando prejuízo estimado em R$ 6,4 bilhões ao longo de seis anos.

Outros depoimentos já realizados

A diretora de Previdência e Benefícios da CGU, Eliane Mota, depôs na última quinta-feira (4), revelando que uma auditoria identificou alta nas reclamações e comunicou as irregularidades à Polícia Federal. O advogado Eli Cohen também prestou depoimento no dia 1º de setembro, afirmando que a investigação nasceu de uma pesquisa realizada em seu escritório em São Paulo.

A defensora pública da União Patrícia Bettin Chaves foi a primeira a depor, sugerindo a aprovação de projeto de lei para proibir descontos em folha por associações.

Composição e prazo da CPMI

O colegiado é formado por 16 senadores, 16 deputados e igual número de suplentes, com prazo de 180 dias para concluir as investigações. A comissão é presidida pelo senador Carlos Viana e tem como relator o deputado Alfredo Gaspar, focando nos descontos fraudulentos praticados desde 2019.