A Cúpula dos Povos encerrou suas atividades no domingo (16) em Belém, entregando uma carta aberta à Conferência da ONU sobre Mudança do Clima. O evento contou com a participação de deputados federais e representou a voz da sociedade civil organizada.
Propostas da Sociedade Civil
As 15 propostas apresentadas por 1,1 mil organizações da sociedade civil de 65 países incluem medidas como o fim da exploração de combustíveis fósseis, reparação de perdas e danos causados por grandes projetos de energia e mineração, gestão popular das políticas climáticas urbanas, demarcação de territórios de povos tradicionais e fomento à agroecologia.
Participação Parlamentar
A deputada Duda Salabert (PDT-MG), presidente da Subcomissão Especial sobre a COP30, participou dos cinco dias do encontro na Universidade Federal do Pará. "Aqui na Cúpula dos Povos há debate sobre justiça climática, com protagonismo de indígenas, mulheres e comunidades tradicionais", declarou a parlamentar.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, destacou que "a participação da Cúpula dos Povos busca influenciar o debate global. A mobilização mostra que não é possível enfrentar a crise climática sem enfrentar a desigualdade".
Marcha Global pelo Clima
O evento, que ocorre desde a Eco-92, teve 25 mil credenciados e promoveu a Marcha Global pelo Clima pelas ruas de Belém. A carta final associa a crise climática ao modelo de produção capitalista e critica a privatização de bens comuns e serviços públicos.
O presidente da COP30, embaixador André Correa do Lago, participou da solenidade de encerramento, declarando que "precisamos ouvir a ciência e os povos".