O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), declarou nesta segunda-feira (15) que o não comparecimento do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", à reunião agendada não compromete as investigações contra ele.
Sigilos já quebrados garantem continuidade das investigações
"Ele não escapará, porque os sigilos fiscal e telefônico dele já estão quebrados, e nós já recebemos da Polícia Federal as informações sobre entrada e saída dele no país", afirmou Viana em suas redes sociais. O senador destacou que a comissão já possui detalhes sobre o patrimônio do investigado e fará "o cerco por meio das informações bancárias".
Decisão do STF pode ter motivado ausência
Segundo o presidente da CPMI, a estratégia do lobista pode ter sido influenciada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do último sábado (13), que tornou facultativa a presença dele e do empresário Maurício Camisotti nas reuniões da comissão.
Próximos passos da investigação
Viana confirmou reunião para quinta-feira (18) com Maurício Camisotti, embora tema novo cancelamento baseado na decisão do STF. O senador informou que o objetivo é votar ainda esta semana a convocação de presidentes do INSS e de sindicatos.
Novos alvos incluem família do "Careca"
Após o cancelamento da reunião, o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) apresentou requerimento para ouvir Tânia Carvalho e Romeu Antunes, esposa e filho do "Careca do INSS". O pedido inclui quebra de sigilo bancário e fiscal da esposa entre janeiro de 2022 e julho de 2025, período em que o casal teria movimentado R$ 353 milhões em menos de seis meses. Romeu Antunes é sócio de empresas com o pai que teriam sido usadas no esquema fraudulento.