A pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Comissão Mista de Orçamento adiou para esta terça-feira (15) a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A decisão foi anunciada pelo presidente da comissão, senador Efraim Filho (União-PB).
Ministro solicita revisão após queda da MP
Haddad justificou o pedido de adiamento alegando a necessidade de verificar possíveis ajustes na proposta após a queda da Medida Provisória 1303/25, que seria uma alternativa ao recuo na elevação do IOF.
Críticas ao governo sobre política fiscal
Embora tenha aceitado o adiamento, Efraim Filho criticou duramente a política fiscal do governo. "Não se aguenta mais agenda de aumento de imposto. Ajuste também se faz pelo lado da despesa", declarou o parlamentar.
Em resposta, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) defendeu o governo, lembrando que a medida provisória previa R$ 15 bilhões em cortes de gastos. "Não é justo dizer que o governo não quer cortar gastos", rebateu. Segundo ele, outros R$ 20 bilhões viriam do fechamento de brechas tributárias, sem criação de novos impostos.
Relatores setoriais já designados
Para não comprometer o cronograma do Orçamento de 2026, Efraim Filho já designou os 16 relatores setoriais responsáveis pelas diferentes áreas, incluindo Infraestrutura, Saúde, Educação, Agricultura e Defesa, entre outras.
A LDO 2026 estabelece as diretrizes para elaboração do orçamento do próximo ano e define as metas fiscais do governo federal.