O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou na última terça-feira (10) uma cerimônia solene para celebrar seus 20 anos de existência, onde o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, foi uma das cinco personalidades homenageadas. O evento, conduzido pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, reconheceu figuras que contribuíram significativamente para a missão institucional do órgão.
Reconhecimento e representatividade
O ministro Aloysio Corrêa da Veiga, que atualmente participa da 113ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho em Genebra, foi representado pelo vice-presidente do TST, ministro Mauricio Godinho Delgado. Em mensagem por vídeo, o presidente do TST agradeceu a homenagem que celebra seu compromisso com a ampliação do acesso à Justiça, promoção da diversidade e modernização do Poder Judiciário.
Além do presidente do TST, também foram homenageados os ministros Nelson Jobim (aposentado) e Flávio Dino, do STF, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, e a cantora Daniela Mercury, reconhecida por seu engajamento em causas sociais.
Transformações no sistema judiciário
Em seu discurso, o ministro Barroso destacou o papel transformador do CNJ desde sua criação pela Emenda Constitucional 45, em 2004. "O CNJ enfrentou alguma resistência no início, mas se consolidou por exercer três funções decisivas: ser um grande repositório de dados, formular políticas públicas para o Judiciário e promover a atuação correicional", afirmou o presidente do STF.
Entre as iniciativas emblemáticas do CNJ destacadas durante a cerimônia estão o combate ao nepotismo, a criação do Exame Nacional da Magistratura, políticas afirmativas de gênero e raça, enfrentamento à violência doméstica, estímulo à sustentabilidade, digitalização da Justiça e o uso de linguagem simples para melhorar a comunicação com a sociedade.
A celebração incluiu ainda o lançamento de um selo postal intitulado "CNJ: uma Justiça inovadora e mais humana", um painel artístico assinado por Toninho Euzébio e um livro institucional que documenta as duas décadas de atuação do Conselho.