Câmara aprova obrigatoriedade de rastreamento de risco materno e neonatal no pré-natal

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que estabelece como obrigatório o rastreamento de fatores de risco para mortalidade materna e neonatal durante o atendimento pré-natal. Quando identificados riscos, as gestantes deverão ser encaminhadas imediatamente para unidades de saúde especializadas.

Substitutivo amplia escopo da proposta original

O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pela relatora, deputada Ana Pimentel (PT-MG), que incorporou o Projeto de Lei 11008/18 da ex-deputada Mariana Carvalho (RO) e outras seis propostas relacionadas. A versão original focava especificamente nos exames para detecção de riscos de pré-eclâmpsia no Sistema Único de Saúde (SUS).

Importância do acompanhamento adequado

"A gestação traz alterações fisiológicas que o organismo da mulher experimenta, e elas precisam ser acompanhadas de forma adequada, para evitar qualquer complicação", destacou Ana Pimentel. A deputada enfatizou que "assegurar a toda gestante um pré-natal de qualidade é prioridade".

Alterações no marco legal

O projeto aprovado insere o novo dispositivo no Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê regulamentação posterior para definir os procedimentos específicos de implementação da medida.

Tramitação e próximos passos

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda precisa ser analisado pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, deverá ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal.

A aprovação representa um avanço significativo na proteção da saúde materna e infantil no Brasil, estabelecendo mecanismos mais eficazes de prevenção e identificação precoce de riscos durante a gestação.