Representantes parlamentares dos países do BRICS defenderam nesta quarta-feira (4) a criação de um amplo acordo multilateral para o enfrentamento conjunto de futuras pandemias. Durante a 1ª Sessão de Trabalho da Aliança Interparlamentar do BRICS para a Saúde Global, os legisladores destacaram a importância de fortalecer mecanismos de prevenção, garantir acesso equitativo a vacinas e estabelecer um modelo de cooperação baseado na solidariedade.
Cooperação multilateral contra doenças infecciosas
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, enfatizou que a pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade de esforços conjuntos. "A pandemia nos lembrou que o vírus que mata aqui mata em qualquer lugar do mundo, da mesma forma que as demais doenças infecciosas. Por que então não unir forças em prol da saúde de nossos povos?"
Poobalan Govender, do Conselho Nacional de Províncias da África do Sul, ressaltou a importância da quebra de patentes de vacinas como medida para garantir acesso rápido e a preços acessíveis. "A Covid-19 nos lembrou que, em um mundo interconectado e globalizado, ninguém está seguro, até que todos estejam seguros", afirmou.
Sistema de Alerta Precoce e novas tecnologias
A vice-presidente do Conselho da Federação Russa, Inna Svyatenko, destacou o Sistema Integrado de Alerta Precoce para Doenças Infecciosas em Massa, previsto na declaração final da última cúpula do bloco. "A Rússia iniciou esforços para elaborar o sistema abrangente de alerta precoce para combater doenças transmissíveis. Esse sistema preverá a criação de um mecanismo único para eliminar surtos de doenças infecciosas", explicou.
Mohammad Rashidi, da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, defendeu um novo modelo multilateral de saúde: "Temos que desenvolver um modelo baseado na solidariedade, na justiça e no livre conhecimento. Esse modelo pode ser realizado por um fundo global ou uma aliança médica, além do compartilhamento de tecnologia".
Harivansh Narayan Singh, da Câmara Alta do Parlamento da Índia, abordou a necessidade de cooperação para enfrentar doenças tropicais que afetam principalmente populações de baixa renda, como malária e dengue, compartilhando a experiência indiana na redução de custos de saúde para 125 milhões de famílias.
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