Plataforma conecta parlamentares brasileiros a dados e especialistas internacionais
A Câmara dos Deputados instalou oficialmente nesta terça-feira (9) o Capítulo Brasil da Rede Parlamentar do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). A iniciativa estabelece uma plataforma global que conecta parlamentares brasileiros a dados, especialistas e fóruns internacionais, permitindo maior influência nas políticas e investimentos das duas principais instituições financeiras multilaterais.
Coordenação nacional e objetivos estratégicos
O deputado Zé Neto (PT-BA) assumiu a coordenação nacional da iniciativa, enfatizando o caráter suprapartidário do projeto. "Eles estão com muitos investimentos no agro, na indústria e na energia limpa: 40% de tudo que investem no Brasil vai para infraestrutura", destacou o parlamentar, que também integra as Comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação.
A estratégia inclui manter interlocução permanente com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de facilitar estudos de viabilidade e intermediar demandas parlamentares junto às instituições financeiras.
Apoio parlamentar e perspectivas de desenvolvimento
O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), membro da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, ressaltou que a iniciativa busca "soluções que vão além das ideologias e das questões partidárias, em favor do desenvolvimento comercial, econômico e humano de todos os brasileiros".
A cerimônia de instalação contou com a participação da diretora regional do Banco Mundial, Cecile Fruman, e do diretor da Corporação Financeira Internacional (IFC), Manuel Reyes-Retana, demonstrando o comprometimento internacional com a parceria.
Contexto histórico e impacto futuro
Criados em 1944 para financiar a reconstrução pós-Segunda Guerra Mundial e garantir estabilidade monetária internacional, o Banco Mundial e o FMI evoluíram para apoiar o desenvolvimento de países emergentes. A integração do Brasil à rede parlamentar representa um marco na cooperação interparlamentar e pode ampliar significativamente o acesso a recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável.