O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, apresentou dados que indicam um Brasil em transformação social durante audiência na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11).
Crescimento da classe média e redução da pobreza
Segundo o ministro, 51,1% dos domicílios brasileiros já são considerados de classe média, resultado de políticas públicas focadas no combate à fome e transferência de renda. Dias destacou que a extrema pobreza caiu de aproximadamente 10% para 5,2% da população desde 2023, enquanto a pobreza geral reduziu de 39% para 23,4% no mesmo período.
"A renda dos 50% mais pobres cresceu 10,4%; quando a gente pega a renda dos 5% mais pobres, ela cresceu 38%. É esse o país que a gente tem que construir: um país que a gente tem orgulho de ser o maior produtor de alimento, sim, mas sem fome", ressaltou o ministro.
Empreendedorismo e geração de emprego
Um dado relevante apresentado foi o crescimento do empreendedorismo, com a criação de 4 milhões de novas micro e pequenas empresas apenas no ano passado. "É a primeira vez que nós temos mais empreendedor do que emprego", afirmou Dias, destacando que 70% das vagas de trabalho são geradas pelos pequenos negócios.
O ministro também mencionou que 16,5 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único foram contratadas com carteira assinada em 2023 e 2024, representando 91% das vagas preenchidas no período.
Meta de sair do mapa da fome
Wellington Dias reafirmou o compromisso do governo em retirar o Brasil do mapa da fome até 2025. Para isso, o país precisa manter menos de 2,5% da população em situação de subnutrição por três anos consecutivos, conforme critérios da ONU. Em 2023, o índice estava em 2,8%, reduzindo para 2,4% em 2024.
A audiência foi proposta pelos deputados Ruy Carneiro (Pode-PB) e Laura Carneiro (PSD-RJ), que solicitaram ao ministro o fortalecimento do sistema de assistência direta à população vulnerável, especialmente dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).