O Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou nesta terça-feira (16) uma sessão especial de despedida da ministra Dora Maria da Costa, que se aposenta após 18 anos de dedicação ao tribunal. A magistrada, que integrou a Corte desde 2007 e exerceu o cargo de corregedora-geral da Justiça do Trabalho no biênio 2023-2025, recebeu homenagens emocionadas de seus colegas.
Trajetória de Dedicação à Justiça do Trabalho
A cerimônia foi marcada por discursos que destacaram a trajetória exemplar da ministra. Maria Cristina Peduzzi, que compôs a Oitava Turma do TST ao lado de Dora Maria da Costa, abriu as homenagens ressaltando as múltiplas facetas da colega: "Estamos homenageando uma grande mulher, cosmopolita, viajante incansável, com uma longa e profícua carreira. Ela trabalhou como quem tem a convicção de que a Justiça é um chamado, mais do que um ofício".
Reconhecimento da Carreira e Amizades Construídas
O ministro Breno Medeiros relembrou a origem da homenageada em Dores de Indaiá (MG) e seu ingresso em 1979 no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região como servidora. Ele destacou a participação fundamental da ministra na criação do TRT da 18ª Região (GO), onde demonstrou sua dedicação incansável, "trabalhando dia e noite, em fins de semana e feriados".
Legado de Integridade e Serviço à Sociedade
O presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, enfatizou a amizade de quatro décadas e a devoção completa da ministra à atividade jurisdicional. "A ministra tem uma trajetória vitoriosa, de êxito, e sai sobretudo com a cabeça erguida e íntegra, com a missão cumprida de servir à sociedade através da Justiça", declarou, fazendo referência à música "Trem Azul" ao mencionar o gosto da colega por viagens.
Palavras de Despedida e Gratidão
Em seu discurso de despedida, visivelmente emocionada, a ministra Dora Maria da Costa agradeceu aos colegas e servidores, especialmente os de seu gabinete. "Esta Corte foi para mim mais que um tribunal. Foi uma verdadeira escola de sabedoria e humanidade. Com cada um compreendi que o Direito do Trabalho é acima de tudo um instrumento de dignidade", afirmou, citando a obra "Encontro Marcado", de Fernando Sabino, sobre transformar interrupções em novos caminhos.