Ministério dos Transportes garante avanço da Ferrovia Vitória-Rio com leilão previsto para 2025

O secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, confirmou nesta terça-feira (6) durante audiência na Câmara dos Deputados que as obras do trecho fluminense da Ferrovia Vitória-Rio (EF-118) estão garantidas, com leilão de concessão previsto para o final de 2025.

Detalhes do projeto ferroviário

O projeto da EF-118 contempla 575 km de extensão, dos quais cerca de 80 km serão incorporados à Estrada de Ferro Vitória-Minas como contrapartida à renovação antecipada da concessão da Vale. O leilão para o trecho restante incluirá a construção de 170 km de Anchieta (ES) ao porto do Açu (RJ) e a requalificação de 325 km do porto até Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

"Assim que houver a entrada do concessionário, automaticamente ele já ficará obrigado a executar o projeto básico do trecho sul, para que a obra aconteça", afirmou Ribeiro, destacando que "os investimentos vão acontecer, e o governo terá fôlego para fazer essa ferrovia no Rio de Janeiro". A proposta será enviada em breve para análise prévia do Tribunal de Contas da União (TCU).

Revitalização ferroviária na Baixada Fluminense

A audiência pública na Comissão de Viação e Transportes, proposta pelo deputado Bebeto (PP-RJ), também avaliou projetos de revitalização das ferrovias na Baixada Fluminense sob responsabilidade da MRS Logística. Diversas obras estão em andamento, incluindo uma ciclovia paralela à linha férrea e viadutos, com previsão de conclusão até 2030, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O prefeito de Nova Iguaçu, Dudu Reina (PP), destacou a importância dos investimentos: "As obras vão ajudar demais a região, que é carente, precisa de investimentos, da ciclovia, dos viadutos". A Baixada Fluminense, composta por 13 municípios, abriga mais de 3,8 milhões de habitantes, sendo a segunda área mais populosa do estado do Rio de Janeiro.

Deputados como Laura Carneiro (PSD-RJ), Dimas Gadelha (PT-RJ) e Hugo Leal (PSD-RJ) cobraram prazos definidos para a execução do projeto. "Temos um presidente que investe no Rio, então é o momento, ou aproveitamos agora ou sabe Deus o que acontecerá daqui a alguns anos", alertou Laura Carneiro.